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A Importância da Cannabis na Medicina

O Futuro da Maconha Medicinal: Benefícios, Limitações e a Perspectiva Global da Legalização

Em décadas recentes, a percepção sobre a cannabis e seus derivados passou por mudanças significativas. O que antes era estritamente considerado como uma substância ilícita, agora é cada vez mais reconhecido por seu potencial terapêutico em diversas condições médicas. Este artigo visa explorar a importância da cannabis na medicina, abordando sua aplicação em várias áreas e alguns desafios a serem enfrentados.

A utilização da cannabis para fins medicinais não é um fenômeno recente. Ela foi usada na medicina tradicional de diferentes culturas ao longo de milênios, para tratar uma variedade de doenças e sintomas. No entanto, com o avanço da medicina moderna, a cannabis e seus derivados foram largamente deixados de lado, principalmente devido à falta de pesquisas científicas e a políticas restritivas sobre drogas.

Aplicações na Medicina Moderna

A ressurgência do interesse na cannabis medicinal é alimentada por estudos recentes que indicam seu potencial para tratar uma gama de condições de saúde. Aqui estão alguns exemplos notáveis:

  1. Dores Crônicas: A cannabis tem demonstrado eficácia em aliviar dores crônicas, uma vez que interage com o sistema endocanabinóide do corpo, responsável pela regulação da dor. Isto torna a cannabis uma alternativa potencial a analgésicos opioides, que têm alto risco de dependência e efeitos colaterais adversos.
  2. Epilepsia: Diversos estudos têm mostrado que a cannabis, particularmente o cannabidiol (CBD), pode reduzir a frequência de convulsões em algumas formas de epilepsia. Em 2018, a FDA (Food and Drug Administration) dos Estados Unidos aprovou o Epidiolex, um medicamento baseado em CBD, para tratar duas formas raras de epilepsia infantil.
  3. Náuseas e Vômitos: A cannabis tem sido usada para aliviar náuseas e vômitos associados à quimioterapia. O THC, o composto psicoativo da cannabis, tem demonstrado ser particularmente eficaz neste aspecto.
  4. Distúrbios do Sono: O uso medicinal da cannabis também está sendo explorado no tratamento de distúrbios do sono como insônia e apneia do sono, devido aos seus possíveis efeitos calmantes e sedativos.

Desafios e Considerações Futuras

Apesar desses avanços, o uso da cannabis na medicina ainda enfrenta vários desafios. Ainda há necessidade de mais pesquisas robustas para entender plenamente o potencial terapêutico da cannabis e seus derivados, bem como seus possíveis efeitos adversos e interações com outros medicamentos. Além disso, a legalização e a regulamentação da cannabis variam amplamente em todo o mundo, criando barreiras para a sua utilização.

A cannabis está mostrando um grande potencial como ferramenta terapêutica em diversas condições médicas. No entanto, a adoção em larga escala requer um investimento contínuo em pesquisa clínica e mudanças nas políticas de drogas. À medida que esses desafios são superados, a cannabis pode se tornar uma parte cada vez mais importante do arsenal terapêutico da medicina moderna.

Fentanil

Os perigos do Fentanil

O fentanil vem sendo muito falado ultimamente nos noticiários e redes sociais, a droga que mata 70 mil americanos ao ano foi vista pela primeira vez no Brasil e isso se torna preocupante.

Este é um opioide sintético, com efeito analgésico 50 a 100 vezes mais potente que a morfina, sendo normalmente indicado para aliviar a dor crônica, dor muito forte ou para ser usado como complemento de uma anestesia geral ou local

O Fentanil é prescrito por médicos para tratar dores graves, principalmente para suavizar o pós-operatório ou para minimizar sintomas de câncer em estágio avançado.

A forma ilegal é vendida em pó e misturada a colírios ou sprays nasais, pingada em papeizinhos ou transformada em comprimidos. Usuários podem não perceber que a droga teve adição de fentanil, aumentando as chances de overdose.

O problema é o uso desviado da substância. De acordo com o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) americano, o opioide é vendido por traficantes de drogas por seu efeito semelhante à heroína e com frequência é misturado com heroína ou cocaína -com ou sem o conhecimento do usuário- para potencializar os efeitos eufóricos.

O motivo do Fentanil ser tão perigoso é que ele causa dependência química, sendo altamente viciante, assim como a heroína, a morfina e os outros opioides, ele se liga à parte do cérebro responsável por controlar as dores e emoções. Com o uso de quantidades além do limite do corpo, a respiração pode parar, o que diminui a quantidade de oxigênio que chega ao cérebro. Essa condição pode causar dano cerebral permanente ou mesmo levar a óbito.

De acordo com o psiquiatra Thiago Marques Fidalgo, opioides como o fentanil São drogas que, por trazerem a sensação de relaxamento e diminuírem o fluxo de pensamento, são comumente usadas para esquecer e se desligar dos problemas.

Ao contrário do que acontece nos EUA, contudo, a substância não deve ser barata. “Os opioides tendem a chegar no Brasil custando mais caro. Então, pelo menos num primeiro momento, não seria algo que aconteceria de forma ampla”, avalia fidalgo. “O uso do fentanil deve se concentrar em outras classes sociais.”

O governo brasileiro está tomando diversas medidas para frear o uso e a distribuição do fentanil, um poderoso opioide sintético que tem sido responsável por um aumento no número de overdose e mortes relacionadas a drogas no país.

Uma das principais ações é o fortalecimento do controle e da fiscalização sobre a produção, a importação, a distribuição e a prescrição de substâncias controladas, incluindo o fentanil. O Ministério da Saúde tem investido em capacitação de profissionais de saúde para o manejo de dor crônica e em campanhas de conscientização sobre o uso responsável de medicamentos.

Além disso, o governo tem trabalhado em parceria com agências internacionais para combater o tráfico internacional de drogas, incluindo o fentanil. O Ministério da Justiça e Segurança Pública tem intensificado as operações de combate ao tráfico de drogas e a Polícia Federal tem apreendido grandes quantidades de fentanil que eram contrabandeadas para o país.

No entanto, ainda há muito a ser feito para enfrentar o problema do fentanil no Brasil, incluindo o fortalecimento da prevenção ao uso de drogas, o acesso a tratamentos de saúde para dependentes químicos e a implementação de políticas públicas mais efetivas para lidar com a crise de overdose.